O DNA é um polímero natural, onde os monômeros são os nucleotídeos. Estes consistem de uma base nitrogenada, um açúcar(desoxirribose) e um fosfato (átomo de fósforo com 4 oxigênios):
A estrutura do DNA consiste de uma hélice dupla onde os nucleotídeos se unem na parte central, em pares, por meio de pontes de hidrogênio (um tipo de ligação química intermolecular; leia mais aqui). Os fosfatos fazem ligações na parte externa.
Esta é uma hélice dupla, diferente da hélice alfa que é simples, e é muito comum na estrutura de proteínas. No caso do colágeno existe uma hélice tripla: é uma proteína estrutural e precisa ser mais reforçada...
Na página bases explico em detalhes a estrutura dos 4 tipos de bases, cujos nomes são abreviados por A, T, C e G, e também a ligação entre elas.. O fato de que os pares são sempre C-G e A-T foi descoberto antes da hélice, e foi uma das dicas que permitiu a descoberta desta estrutura.
Esta complementaridade das bases permite a replicação do DNA. Quer dizer, se as duas hélices se separarem, e nucleotídeos estiverem disponíveis, estes irão se ligar à cada uma das hélices de modo que se formarão duas hélices duplas . É assim que o DNA é duplicado antes da divisão celular, de modo que cada célula filha tenha o seu.
Outra propriedade importante da hélice dupla do DNA é que ela é uma estrutura muito estável, ou seja, muito difícil de ser quebrada. Não é a toa que o DNA existe há bilhões de anos, embora possam haver algumas pequenas falhas na replicação, falhas estas que permitem a evolução das espécies.
Pode-se dizer até mesmo que o DNA é imortal; ele se propaga sempre, enquanto os seus portadores morrem. Segundo a teoria do gene egoísta, de Richard Dawkins, os seres vivos existem apenas para transportar, proteger e propagar o DNA. Esta é a nossa missão!
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