A antimatéria reage explosivamente com a matéria "normal", que é aquela da qual somos feitos. É algo que saiu dos livros de ficção científica para ocupar um lugar de destaque na física nuclear e até mesmo na medicina
A antimatéria não é necessariamente radioativa; ela é parte desta seção porque ela produz radiação quando encontra com a matéria "normal". Aliás, o Universo e nossos corpos poderiam ser feitos de antimatéria e seria tudo a mesma coisa que conhecemos. Apenas teríamos que evitar um encontra com matéria, que seria muito explosivo.... O evento se chama aniquilação matéria antimatéria. Veremos cálculos abaixo, incluindo questões da FUVEST sobre o tema, utilizando a famosa equação de Einstein: E = mc2.
Antimatéria parece ficção científica, apenas, mas na verdade é algo que já tem aplicação na medicina (PET scan) e no futuro deve ser usado como combustível para viagens espaciais, assim como era usada na nave Enterprise da série Star Trek. Atualmente, ainda não podemos contornar as dificuldades tecnológicas de produção e de armazenamento da antimatéria.
Antimatéria é produzida no CERN ( Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire), onde partículas são aceleradas em um túnel subterrâneo com 27km de circunferência,a altíssimas velocidades, e depois colidem. Estas colisões são extremamente energéticas e produzem inúmeras partículas (de acordo com a equação de Einstein em que energia se converte em matéria, e vice-versa), incluindo antimatéria. Além dos anti elétrons, forma também produzido antiprótons, Com isso foi possível montar um átomo de anti hidrogênio. Interessantemente, verificou-se que suas propriedades são idênticas às do hidrogênio (matéria), como por exemplo a energia de suas excitações eletrônicas. O armazenamento da antimatéria é complicado porque se ela toca na matéria normal ocorre a aniquilação, o que possivelmente seria uma explosão Ela é armazenada usando-se campos eletromagnéticos para evitar que toque as paredes da “garrafa”.
O problema é que as quantidades produzidas são muito pequenas. E devido ao equipamento ultra sofisticado e as enormes quantidade s de energia elétrica gastas, o custo é muito alta. De acordo com o jornal britânico Telegraph, esta é a substância mais cara do mundo por peso, a US$25 bilhões a grama de pósitrons ou US$62,5 trilhões a grama de anti hidrogênio.
Em medicina nuclear (PET), a antimatéria é produzida dentro do paciente, no momento do exame. Ocorre por meio do decaimento beta, que produz pósitrons. Para isso é injetada glicose que incorpora o flúor-18, um isótopo beta emissor. Mais detalhes de PET e radiofármacos>>
A antimatéria é ideal para ser usada como combustível (não há combustão, obviamente, mas esta é a palavra em português, creio - em inglês usa-se fuel, que é mais apropriada porque não implica em combustão), pois pode liberar muita energia quando aniquilada com matéria. Imagine que 1 kg de antimatéria pode fornecer a mesma quantidade de energia que a maior explosão atômica que já houve na Terra: esta foi a bomba tsar, que foi explodida na Rússia com uma potência de aproximadamente 50 Megatons, ou seja, o mesmo que 3300 bombas do tipo que explodiu em Hiroshima 15 kilotons).
De fato, apesar do preço exorbitante da antimatéria, ela seria econômica para a propulsão de foguetes ou aviões, quando comparada ao custo dos combustíveis de aviação. Seria 58 x mais barata, de acordo com os cálculos exibidos na planilha abaixo ( que pode ser baixada para fazer mais contas, se desejado), que pode ser modificada ou baixada aqui.
Cálculo - energia liberada pela aniquilação matéria- antimatéria
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